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Especial Fritz Müller 200 anos: programação homenageia cientista alemão que passou por Palhoça Publicado em: 06/05/2022 às 17:58 Duas exposições marcam o bicentenário do naturalista alemão. Veja o que ele escreveu sobre PalhoçaPublicado em 22/04/2022 por Palhocense / Variedades
Foto: DIVULGAÇÃO Por: Willian Schütz* Hoje em dia, é comum estudar a Teoria da Evolução das Espécies do cientista britânico Charles Darwin. Mas essa tese só foi comprovada graças às observações de um naturalista alemão que viveu décadas em Santa Catarina: Fritz Müller. O estudioso chegou até mesmo a passar por Palhoça em suas viagens pelo solo catarinense. Para relembrar a história de Müller, uma extensa programação ocorrerá em 2022, ano em que se comemora os 200 anos de nascimento do cientista. Na Grande Florianópolis, duas exposições marcam o bicentenário do naturalista alemão: “De Repente, Extraordinária!", no Trapiche da Beira-Mar Norte, em Florianópolis; e a mostra “200 anos de Fritz Müller – Príncipe dos Observadores", no Museu Histórico de Santa Catarina, situado no Palácio Cruz e Souza, Centro da Capital. As exposições trazem abordagens sobre a história de Fritz Müller, considerado um dos mais célebres naturalistas do século 19. Ele nasceu em 1822, em Erfurt, na Alemanha, onde se consagrou como estudioso da biologia. Porém, insatisfeito com a monarquia alemã e frustrado pelo fracasso da Revolução de 1848, Müller embarcou para Santa Catarina; por aqui, morou em São Francisco do Sul e em Blumenau. Em 1856, ele foi convidado por Hermann Blumenau para atuar como professor em Desterro, atual Florianópolis. Ao aceitar o convite, Fritz começou sua primeira expedição por Santa Catarina, passando por diversas cidades, cortando o estado de ponta a ponta, até chegar à capital. Registros apontam que, em sua passagem por Palhoça, o alemão descreveu o relevo local em suas anotações. “À esquerda, o traçado do elevado do Morro do Cambirela; à direita, os morros que separam os vales do Cubatão e do Imaruí, com a encosta íngreme da Pedra Branca”. Em outra oportunidade, Müller seguiu pela costa litorânea saindo da ilha de Desterro, continuando pelo rio Cubatão e passando por todo o litoral catarinense e retornando até chegar às proximidades do Morro da Boa Vista. As informações são fruto de estudos realizados pelo professor e biólogo Lauro Bacca, que publicou diversos estudos e materiais sobre suas pesquisas a respeito dos “caminhos de Fritz Mūller”. Exposições “De Repente, Extraordinária!” Em alusão aos 200 anos de Fritz, a exposição “De Repente, Extraordinária!” visa mostrar um viés moderno para a história do estudioso alemão. A mostra ficará nos entornos do trapiche da Beira-Mar Norte de Florianópolis até 29 de maio, com visitação gratuita. São 22 painéis que ilustram a história de Fritz e sua relação com Charles Darwin, mostrando as observações de Fritz sob uma perspectiva evolutiva e ecológica, as quais eram compartilhadas e discutidas com o britânico por meio de correspondências e do livro “Para Darwin”. As atividades incluem: visualização de espécimes em microscópio e lupa, tour ecológico, oficina de fotografia da natureza, atividade de busca por borboletas, mural com arte grafite e faixa sonora da Mata Atlântica. “Príncipe dos Observadores” O Museu Histórico de Santa Catarina (MHSC), sediado no Palácio Cruz e Sousa, na capital, está recebendo a exposição “200 anos de Fritz Müller – Príncipe dos Observadores", em cartaz até 30 de julho. A mostra une arte, história, patrimônio e ciência, provocando reflexões a respeito do passado, presente e futuro a partir de obras de artistas convidados e acervos particulares e institucionais. O artista convidado Luiz Bernardes apresenta painéis concebidos por ele constituídos por imagens e textos que revelam a história e o legado do naturalista, botânico e professor de matemática e ciências naturais. Luiz Bernardes apresenta, ainda, esculturas produzidas em materiais diversos, como aço inox, resina, madeira e bambu, com os quais procura recriar a flora e fauna constitutivas do universo de interesse do cientista teuto-brasileiro. Por sua vez, Yara Guasche traz a instalação “Entre Vidros”, em que atualiza e problematiza a pesquisa feita por Fritz Muller no território nacional. Para isso, a artista apresenta múltiplos arquivos que revelam modos distintos de capturar um mesmo espécime, quer seja pela arte, pela ciência ou pelas instituições museológicas. Além dos trabalhos destes artistas convidados, a exposição conta, ainda, com objetos, vestuários, documentos, pinturas e publicações pertencentes a acervos particulares de Ylmar Corrêa, José Alfredo (Dé) Beirão e Roberto Schindler e acervos do Museu da Família Colonial, Biblioteca Pública de Santa Catarina, Arquivo Público de Santa Catarina e do próprio Museu Histórico de Santa Catarina. A Fundação Catarinense de Cultura (FCC) é um dos órgãos parceiros na realização da mostra. Mais informações sobre a programação do bicentenário de Fritz Müller podem ser consultadas no site: www.fritzmuller200anos.com.br * Sob a supervisão de Alexandre Bonfim |
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